A brincadeira faz parte da vida humana, desde o momento em que o homem toma consciência de si e perdura por toda a vida. Algumas pessoas brincam mais, outras menos: algumas não apreciam o brincar, tudo isso está relacionado ao histórico do desenvolvimento da pessoa no contexto familiar e educacional.
Segundo Benjamin, 2004 uma das formas das crianças interagirem com o mundo a sua volta é a situação imaginária que têm o poder de libertá-las das dificuldades que a cercam. É pela imaginação que a criança pode criar uma espécie de mundo próprio e esta ação é característica da situação lúdica que envolve o brinquedo. A atividade do brincar é histórica, social e cultural. Desse modo, no momento da brincadeira a criança projeta aspectos da sua realidade de vida.
A educação escolar não pode estar desvinculada da vida que se processa fora dela. Compreendendo a importância do brinquedo e da brincadeira como itens essenciais para o desenvolvimento pleno da criança, o Sistema Municipal de Ensino, através da aplicação de recursos próprios e do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica – FUNDEB adquiriu 385.000,00 (trezentos e oitenta e cinco mil reais) em brinquedos que foram distribuídos para os Centros de Ensino Infantil e Fundamental. Entre os brinquedos têm bonecas, carrinhos, maletas de ferramentas, carrinho de boneca, triciclos, planetários e muitos jogos pedagógicos.
De acordo com Vygotsky, através do brinquedo a criança faz a passagem da ação ao pensamento, valorizando a interação da criança (enquanto ser corporal) com o mundo, como referência fundamental para a construção da mente. As brincadeiras são importantes estratégias de ensino-aprendizagem, de construção de conhecimentos, de desenvolvimento psicomotor e socioafetivo. As crianças, desde a Educação Infantil necessitam da projeção da brincadeira, através do uso de brinquedos, jogos, ou até mesmo em atividades livres que explorem a imaginação e o faz de conta. Ressaltamos também a importância dos pais brincarem com seus filhos. Alguns pesquisadores afirmam que crianças que tiveram uma infância com muitas brincadeiras, se tornaram adultos mais felizes.
Créditos: Prof. Esp. Adílcima Scardini de Moraes
Coordenadora Pedagógica da Formação Continuada (SEMEC)